A equipe de oncologia da Santa Casa de Itatiba tem observado aumento de casos de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos, acompanhando tendência registrada em todo o Estado. Antes mais frequente em idosos — especialmente acima dos 65 anos —, a doença agora atinge adultos mais jovens.
Segundo o oncologista Dr. Lucas Zeponi Dal’Acqua, a maioria dos diagnósticos locais ainda é em mulheres acima de 60 anos, sedentárias e com dieta rica em ultraprocessados, na maior parte sem histórico familiar.

O câncer colorretal é o segundo mais incidente no Brasil em homens e mulheres, ficando atrás apenas do de mama nelas e do de próstata neles. Entre os sinais de alerta estão perda de peso sem causa aparente, anemia, dor abdominal persistente, alterações no hábito intestinal e mudança no formato das fezes.
Em Itatiba, não há fila para colonoscopia — com ou sem biópsia. O exame é realizado, em média, 45 dias após autorização da Secretaria de Saúde. A Santa Casa possui estrutura para retirada de pólipos, fundamental para o diagnóstico precoce e, em alguns casos, para a cura em estágio inicial. Também oferece, em parceria com a Secretaria de Saúde, apoio psicológico e nutricional aos pacientes.

Apesar dessa estrutura, a adesão aos exames preventivos é baixa, principalmente por falta de informação. Para mudar esse cenário, a instituição promove campanhas como o “Março Azul” e ações educativas com profissionais da atenção primária.

O Dr. Lucas ressalta que, quando detectado no início, o câncer colorretal tem mais de 90% de chance de cura. A prevenção inclui alimentação equilibrada, exercícios, evitar cigarro e álcool, e fazer colonoscopia — a partir dos 40 anos para quem tem histórico familiar e dos 45 para os demais.
“O câncer colorretal tem cura, mas isso depende do diagnóstico precoce. Informe-se e procure atendimento diante de qualquer sintoma.”, orientou Lucas.

Com informação do Jornal de Itatiba